segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Juventude no Mundo do Hip Hop

Em um dia de domingo às 11h30min da manhã encontramos Diogo Miranda de Souza na quadra de basquete do bairro Vila União com mais cincos amigos hip-hopeiros..

Os garotos que estavam vestidos com roupas largas e com lenços na cabeça faziam danças do tipo coreografadas no chão da quadra chamando a atenção de todos que passavam por ali essa dança com o nome de Break com movimentos como saltos mortais e freqüentes arrastamento pelo chão é realizada como uma disputa pelos garotos que participam da roda da dança.

Conversando com o Diogo eles nos deu um breve histórico da cultura dizendo que as primeiras representações do estilo apareceram durante a crise de 29 nos EUA quando dançarinos de cabaré desempregado saíram para as ruas para fazer shows e posterior mente endossado pelo cantor James Brown que trouxe através da sua voz o break mas o termo hip hop propriamente dito veio em 1968 por África Bambaataa que se inspirou em movimentos ciclísticos.

A grupo é internacionalmente representada por três elementos o rap(ritmo e poesia ou seja expressão musical da cultura),o graffiti(artes plásticas da cultura que é espalhada pelo mundo daí ele reforça que é diferente de pixação) e o Break Dance(que é a dança do grupo no Brasil hoje temos quatros elementos que são alem do break e do graditti temos o MC(que é o cérebro do movimento) e o DJ( que é a essência ,a raiz).

Dentre os vários DJ citados pelo grupo, os mais falados foram DJ Herc e Kool Dee que deram seguimentos a vários estilos de Djs da nova geração.

Segundo Diogo hoje o estado no qual o movimento mais se espalhou foi em São Paulo, pois ele diz que o movimento estadual é intenso e que embora ainda seja um movimento majoritariamente negro o numero que componentes da raça branca vem crescendo intensamente.

O grupo formado pelos jovens é formado por 15 jovens sendo nove homens e seis mulheres onde eles desenvolvem grupo de pesquisa, encontros estaduais e nacionais chegando a articular até com a Venezuela no encontro internacional da juventude negra através de debates onde trocam experiência e sempre é realizado um baile brack para fortalecer a cultura.

Além dos encontros extras o grupo tem um encontro marcado todos os domingos na quadra de basquete do bairro onde eles conversam sobre a cultura e jogam basquete que é um esporte totalmente ligado a cultura.

Diogo acredita que a atenção pela cultura hip hop foi despertada pela ancestralidade afro e que ainda tem muito o que aprender sobre a cultura.

Imagens do Hip Hop



Luiz Augusto Daidone

Rappin Hood - Us Guerreiro

domingo, 15 de junho de 2008

Hip Hop – A Cultura e as Origens

O hip-hop surgiu no final da década de 60 nos subúrbios de Nova Iorque, formado por negros e latinos. Estes subúrbios enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, e de educação. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer e entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema de regras dentro das próprias periferias. Quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas, devendo segui-las rigidamente.


Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.


NO BRASIL


O berço do hip hop brasileiro é São Paulo, onde surgiu com força nos anos 1980, dos tradicionais encontros na rua 24 de Maio e no metrô São Bento, de onde saíram muitos artistas reconhecidos como Thaíde, DJ Hum, Styllo Selvagem, Região Abissal, Nill (Verbo Pesado), Sérgio Riky, Defh Paul, Mc Jack, Racionais MCs, Doctors MCs, Shary Laine, Mt Bronks, Rappin Hood, entre outros.
Os praticantes e fãs da tribo salientam que RAP não é Hip-Hop, Hip-Hop é a cultura que reúne os 4 elementos: MC, Break, Grafitti e DJ, o RAP é a fusão de dois elementos, o DJ e o MC (Mestre de Cerimônia).
Luiz Augusto Daidone

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hip hop

O hip hop é uma tribo que faz uma integrtação com os skatistas pois há muitos skatistas profissionais que gostam de ouvir o Hip hop.
Há uma diferença entre Rap e Hip-Hop:Hip-Hop é a cultura que reúne os 4 elementos: MC, Break, Grafitti e DJ, o RAP é a fusão de dois elementos, o DJ e o MC (Mestre de Cerimônia).
Os cantores mais conheçidos no País são os Racionais MC e o Happin Hood.







Gustavo Paschoalato

sábado, 7 de junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

Auto Avaliação da pesquisa de campo

A partir da visita feita no sábado percebi que há um respeito entre eles mas um não entra na área do outro. Isto é uma característica de todos os grupos apesar de serem marginalizados pela sociedade eles são pessoas legais com idéias diferentes da sociedade mas com uma certa razão em relação ao modo de pensar.


Gustavo Paschoalato

ESPORTES URBANOS, UM ESTILO DE VIDA (TRABALHO DE CAMPO)



Uma visita a Praça Arautos da Paz em campinas no dia 17 de maio de 2008, levou os nossos pesquisadores de campo a fazer um estudo mais aperfeiçoado sobre os esportes urbanos em Campinas e seus universos ao mesmo tempo tão perto e tão longe, demonstrando muitas vezes o abismo que há entre um esporte e outro e como eles se completam. Como um esporte faz parte da vida de uma pessoa, se tornando um estilo de vida a seguir, uma tribo a zelar.
A praça Arautos da Paz localizada no bairro Taquaral em inaugurada em 2004, se tornou ponto de encontro de esportistas urbanos principalmente nos finais de semana, a praça fica ao lado da Lagoa do Taquaral se tornando um grande centro de lazer e esporte para a população.
A visita começou com nossos pesquisadores observando os tipos de esportes urbanos praticados em um sábado a tarde numa cidade como Campinas, e os esportes encontrados naquele dia foram, muitos skatistas, alguns BMX (Montain Bike para manobras), alguns esportistas de patins e alguns poucos rapazes praticando Leparcur – um tipo de esporte que se pratica utilizando a força e agilidade do corpo para superar obstáculos -. Depois fomos conversar com os praticantes dos já citados esportes.

-Características que percebemos naquele ambiente cotidiano é que todos os esportes, são urbanos e praticados no mesmo espaço, porém com a taxação dos próprios praticantes de que cada um tem suas particularidades e não podem ser comparados.


-Vimos também que há um respeito mutuo entre praticantes de cada esporte, transformando-se em verdadeiras tribos mesmo, eles se respeitam sim, mas não convivem no mesmo espaço e nem conversam entre si nos finais de semana em que dividem a praça em “setores” de prática esportiva.

-Alguns pontos em comum são a prática do esporte com maior volume nos finais de semana, o mesmo ambiente, porém sem um invadir o espaço do outro. E o mais importante e que se destacou mais, é como todos encaram o esporte na sua vida, 90% das pessoas que perguntamos dos variados esportes, praticam por hobby, como lazer mesmo, para esquecer dos problemas, desligar do mundo e reencontrar os amigos considerando mesmo como um estilo de vida; que muitos deles também fazem parte da mesma tribo. Tornando-se um ponto de encontro mesmo.

-Da mesma forma que tem os fatores comuns, há também as diferenças, que são gritantes vistas de perto. Por exemplo com o jeito de se vestir, de falar, o circulo das amizades, as particularidades de cada esportes e suas devidas dificuldades e até a própria visão de mundo, e como eles se enxergam na sociedade.

-Conversamos com Guilherme Guimarães praticante do skate que leva o esporte como Hobby. Ele relata que jamais andaria de patins, ele acha esse esporte muito vago e sem sentido. Mostrando realmente a segmentação dessas tribos. Ele também nos deu o seu site sobre skate e o universo a qual já faz parte a 10 anos. Site: www.lavideo.com.br

Com essa visita percebemos como é formada uma tribo urbana e de onde vêm todas as dificuldades de acesso a ela, a criação de suas próprias características, e a formação de uma cultura dentro dela. Tivemos a percepção da visão de uma tribo observando a outra sempre tendo um olhar negativo sobre o outro, e sem querer entender o seu lado, que mesmo ao passar dos anos, essa visão etnográfica permanece em muitas facetas da sociedade. De perceber que sempre o do outro é pior que o nosso. E muitas vezes sem ter o interesse de conhecer mais para formar uma opinião verdadeira sobre o assunto.
Foi uma experiência muito interessante a qual nos dispusemos a conhecer e tentar entender um universo que não é o nosso, e ver que dentro das tribos dos esportes urbanos que se formam naturalmente e culturalmente, dificilmente terá uma visão mais antropológica sobre o outro. A tendência nos pareceu se segmentar ainda mais.

Texto: Felipe Camargo

Participantes do Trabalho de Campo: Suyza Cavalcanti, Felipe Camargo e Gustavo Paschoalato.

Edição dos Vídeos: Luiz Augusto Daidone