segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Juventude no Mundo do Hip Hop

Em um dia de domingo às 11h30min da manhã encontramos Diogo Miranda de Souza na quadra de basquete do bairro Vila União com mais cincos amigos hip-hopeiros..

Os garotos que estavam vestidos com roupas largas e com lenços na cabeça faziam danças do tipo coreografadas no chão da quadra chamando a atenção de todos que passavam por ali essa dança com o nome de Break com movimentos como saltos mortais e freqüentes arrastamento pelo chão é realizada como uma disputa pelos garotos que participam da roda da dança.

Conversando com o Diogo eles nos deu um breve histórico da cultura dizendo que as primeiras representações do estilo apareceram durante a crise de 29 nos EUA quando dançarinos de cabaré desempregado saíram para as ruas para fazer shows e posterior mente endossado pelo cantor James Brown que trouxe através da sua voz o break mas o termo hip hop propriamente dito veio em 1968 por África Bambaataa que se inspirou em movimentos ciclísticos.

A grupo é internacionalmente representada por três elementos o rap(ritmo e poesia ou seja expressão musical da cultura),o graffiti(artes plásticas da cultura que é espalhada pelo mundo daí ele reforça que é diferente de pixação) e o Break Dance(que é a dança do grupo no Brasil hoje temos quatros elementos que são alem do break e do graditti temos o MC(que é o cérebro do movimento) e o DJ( que é a essência ,a raiz).

Dentre os vários DJ citados pelo grupo, os mais falados foram DJ Herc e Kool Dee que deram seguimentos a vários estilos de Djs da nova geração.

Segundo Diogo hoje o estado no qual o movimento mais se espalhou foi em São Paulo, pois ele diz que o movimento estadual é intenso e que embora ainda seja um movimento majoritariamente negro o numero que componentes da raça branca vem crescendo intensamente.

O grupo formado pelos jovens é formado por 15 jovens sendo nove homens e seis mulheres onde eles desenvolvem grupo de pesquisa, encontros estaduais e nacionais chegando a articular até com a Venezuela no encontro internacional da juventude negra através de debates onde trocam experiência e sempre é realizado um baile brack para fortalecer a cultura.

Além dos encontros extras o grupo tem um encontro marcado todos os domingos na quadra de basquete do bairro onde eles conversam sobre a cultura e jogam basquete que é um esporte totalmente ligado a cultura.

Diogo acredita que a atenção pela cultura hip hop foi despertada pela ancestralidade afro e que ainda tem muito o que aprender sobre a cultura.

Imagens do Hip Hop



Luiz Augusto Daidone

Rappin Hood - Us Guerreiro

domingo, 15 de junho de 2008

Hip Hop – A Cultura e as Origens

O hip-hop surgiu no final da década de 60 nos subúrbios de Nova Iorque, formado por negros e latinos. Estes subúrbios enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, e de educação. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer e entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema de regras dentro das próprias periferias. Quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas, devendo segui-las rigidamente.


Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.


NO BRASIL


O berço do hip hop brasileiro é São Paulo, onde surgiu com força nos anos 1980, dos tradicionais encontros na rua 24 de Maio e no metrô São Bento, de onde saíram muitos artistas reconhecidos como Thaíde, DJ Hum, Styllo Selvagem, Região Abissal, Nill (Verbo Pesado), Sérgio Riky, Defh Paul, Mc Jack, Racionais MCs, Doctors MCs, Shary Laine, Mt Bronks, Rappin Hood, entre outros.
Os praticantes e fãs da tribo salientam que RAP não é Hip-Hop, Hip-Hop é a cultura que reúne os 4 elementos: MC, Break, Grafitti e DJ, o RAP é a fusão de dois elementos, o DJ e o MC (Mestre de Cerimônia).
Luiz Augusto Daidone

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hip hop

O hip hop é uma tribo que faz uma integrtação com os skatistas pois há muitos skatistas profissionais que gostam de ouvir o Hip hop.
Há uma diferença entre Rap e Hip-Hop:Hip-Hop é a cultura que reúne os 4 elementos: MC, Break, Grafitti e DJ, o RAP é a fusão de dois elementos, o DJ e o MC (Mestre de Cerimônia).
Os cantores mais conheçidos no País são os Racionais MC e o Happin Hood.







Gustavo Paschoalato

sábado, 7 de junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

Auto Avaliação da pesquisa de campo

A partir da visita feita no sábado percebi que há um respeito entre eles mas um não entra na área do outro. Isto é uma característica de todos os grupos apesar de serem marginalizados pela sociedade eles são pessoas legais com idéias diferentes da sociedade mas com uma certa razão em relação ao modo de pensar.


Gustavo Paschoalato

ESPORTES URBANOS, UM ESTILO DE VIDA (TRABALHO DE CAMPO)



Uma visita a Praça Arautos da Paz em campinas no dia 17 de maio de 2008, levou os nossos pesquisadores de campo a fazer um estudo mais aperfeiçoado sobre os esportes urbanos em Campinas e seus universos ao mesmo tempo tão perto e tão longe, demonstrando muitas vezes o abismo que há entre um esporte e outro e como eles se completam. Como um esporte faz parte da vida de uma pessoa, se tornando um estilo de vida a seguir, uma tribo a zelar.
A praça Arautos da Paz localizada no bairro Taquaral em inaugurada em 2004, se tornou ponto de encontro de esportistas urbanos principalmente nos finais de semana, a praça fica ao lado da Lagoa do Taquaral se tornando um grande centro de lazer e esporte para a população.
A visita começou com nossos pesquisadores observando os tipos de esportes urbanos praticados em um sábado a tarde numa cidade como Campinas, e os esportes encontrados naquele dia foram, muitos skatistas, alguns BMX (Montain Bike para manobras), alguns esportistas de patins e alguns poucos rapazes praticando Leparcur – um tipo de esporte que se pratica utilizando a força e agilidade do corpo para superar obstáculos -. Depois fomos conversar com os praticantes dos já citados esportes.

-Características que percebemos naquele ambiente cotidiano é que todos os esportes, são urbanos e praticados no mesmo espaço, porém com a taxação dos próprios praticantes de que cada um tem suas particularidades e não podem ser comparados.


-Vimos também que há um respeito mutuo entre praticantes de cada esporte, transformando-se em verdadeiras tribos mesmo, eles se respeitam sim, mas não convivem no mesmo espaço e nem conversam entre si nos finais de semana em que dividem a praça em “setores” de prática esportiva.

-Alguns pontos em comum são a prática do esporte com maior volume nos finais de semana, o mesmo ambiente, porém sem um invadir o espaço do outro. E o mais importante e que se destacou mais, é como todos encaram o esporte na sua vida, 90% das pessoas que perguntamos dos variados esportes, praticam por hobby, como lazer mesmo, para esquecer dos problemas, desligar do mundo e reencontrar os amigos considerando mesmo como um estilo de vida; que muitos deles também fazem parte da mesma tribo. Tornando-se um ponto de encontro mesmo.

-Da mesma forma que tem os fatores comuns, há também as diferenças, que são gritantes vistas de perto. Por exemplo com o jeito de se vestir, de falar, o circulo das amizades, as particularidades de cada esportes e suas devidas dificuldades e até a própria visão de mundo, e como eles se enxergam na sociedade.

-Conversamos com Guilherme Guimarães praticante do skate que leva o esporte como Hobby. Ele relata que jamais andaria de patins, ele acha esse esporte muito vago e sem sentido. Mostrando realmente a segmentação dessas tribos. Ele também nos deu o seu site sobre skate e o universo a qual já faz parte a 10 anos. Site: www.lavideo.com.br

Com essa visita percebemos como é formada uma tribo urbana e de onde vêm todas as dificuldades de acesso a ela, a criação de suas próprias características, e a formação de uma cultura dentro dela. Tivemos a percepção da visão de uma tribo observando a outra sempre tendo um olhar negativo sobre o outro, e sem querer entender o seu lado, que mesmo ao passar dos anos, essa visão etnográfica permanece em muitas facetas da sociedade. De perceber que sempre o do outro é pior que o nosso. E muitas vezes sem ter o interesse de conhecer mais para formar uma opinião verdadeira sobre o assunto.
Foi uma experiência muito interessante a qual nos dispusemos a conhecer e tentar entender um universo que não é o nosso, e ver que dentro das tribos dos esportes urbanos que se formam naturalmente e culturalmente, dificilmente terá uma visão mais antropológica sobre o outro. A tendência nos pareceu se segmentar ainda mais.

Texto: Felipe Camargo

Participantes do Trabalho de Campo: Suyza Cavalcanti, Felipe Camargo e Gustavo Paschoalato.

Edição dos Vídeos: Luiz Augusto Daidone

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Opiniões das revistas em relação ao EMO

Os emos causam diferentes opiniões nas pessoas, por ser um grupo, em geral de jovens, diferentes no seu estilo e comportamento são alvos de intensas criticas e ofensas, tendo como base a mídia impressa especificamente nas revistas nos deparam com matérias que mostram diferentes opiniões sobre o grupo.

Analisando a matéria da revista Capricho, uma revista direcionada para o público jovem, vê matérias de opiniões positiva em relação ao grupo as matérias, divulgam a moda e tem um trabalho de conscientização em relação ao comportamento desse grupo embora a revista abra espaço para as criticas negativas, ela é totalmente a favor do estilo a ponto de que em parceria com a loja Lê Postiche criar linha de bolsas e acessórios para esse publico também, temos uma matéria da revista Época com o titulo``Punks no jardim-de-infância´´ apesar do titulo parecer sarcástico é uma matéria que retrata a posição dos emos perante a sociedade relatando os preconceitos e até os atos violentos sofridos por eles principalmente para os meninos que assumem uma postura sensível chegando a ser chamados de homossexuais.

A Revista veja também apresenta uma posição bem imparcial relatando atos violentos que os emos sofrem, e contando toda a origem desse grupo em contra partida temos uma visão totalmente satirizada por parte da versão brasileira da revista Mad intitulando os emos de gay e os chamando de a praga do século XXI nessa edição especial eles utilizam do vocabulário do grupo com zombaria e dão dicas de como se tornar emo como,``Nunca admita que você é emo, porque os emos que admitem ser emos são considerados posers de emo, que é pior que ser emo ( se é que existe coisa pior ).´´



Tantas outras revistas falam do assunto com os mais diversos temas como a revista O Grito com a matéria ``conheça os emo-rangersa, a revista BLITZ trata superficialmente sobre o estilo de ser do emo,a revista ERRATA que trata do assunto com muito humor.

O modo se vida dos emos realmente divide opiniões e causa polemicas, mas o que se deve levar em consideração é que existe uma diversidade de assuntos em revistas para que as pessoas conheçam e torne o seu pré-conceito em um verdadeiro conceito tendo até mesmo como base as revistas de criticas negativas, mas ninguém melhor dos que os emos para dizer o que realmente se esconde atrás de seu estilo.


André Luís de Moraes

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Cultura EMO

A cultura Emo é descriminada por seus atos, seu modo de pensar, o tipo de música que eles ouvem como, por exemplo, Simple Plan, Good Charlote. É nesta fase que as pessoas ainda não se conhecem totalmente e se identificam com essa cultura por ter perdido um amor e as vezes eles passam de uma simples fase para um estado de loucura chegando ao ponto de se suicidarem por não quererem sofrer a perda de um amor que eles acham que nunca mais vão amar de novo ou se sentem em um abismo que nunca vai ter fim.
Esta fase se passa dos 12 aos 20 ,época que as pessoas estão se conhecendo como ser humano.
Existem várias bandas esmos brasileiras como NX ZERO, FRESNO entre outras.
Existem também livros emos como por exemplo:” Everybody Hurts: Um Guia Essencial para Emo Cultura", por Leslie Simon e Trevor Kelley” , "The Catcher no Centeio", JD Salinger e "Ecstasy: Three Tales of Chemical Romance".


Gustavo Pascholato

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Exemplo do Preconceito Emo


(simplesmesmo.blogspot.com) demonstraçao
do preconceito emo na internet.

Os Emos na metrópole Campineira

(http://www.rockzombi.iblog.co.za/) Banda emo Good Charlotte
Um dos lugares mais comuns que integrantes dessa tribo se encontram na região Campineira são os Shoppings Centers em especial o Parque Dom Pedro Shopping, onde se concentra o maior numero de emos nos finais de semana, para seus encontros e demonstração de seus estilos. No centro da cidade de Campinas em especial em frente a Prefeitura da cidade, e em praças e shows de bandas do gênero que também chamam muito a atenção desse público tão pouco compreendido no cenário urbano das tribos urbanas.
Felipe Camargo

O sentimento Emo

Auto-fotografias, uma caracteristica da tribo
(http://www.ipctv.jp/)

Uma das grandes características da personalidade Emo, vem do exterior, como a maioria dos modismos e tendências, também foi assim que chegou ao Brasil, e desde então tem criado formato próprio. Seguindo esse leque de bandas internacionais mais atuais como Simple Plan, Good Charlotte, essa tribo no Brasil só tem crescido nos grandes centros urbanos.
Vinda de uma vertente do Punk e mesclado com um hardcore mais leve, criando melodias que falam de sentimentos como amor, dor, desentendimentos, desilusões e medos utilizando batidas características do próprio punk. Sofre um intenso preconceito de outras tribos, principalmente dos Punks que acham o estilo emo uma mutação ou anomalia surgida do Punk e que esses sujam o nome de seu movimento. Quando o preconceito não vem de outras tribos, ele se encontra no visual, muito chamativo dos Emos, que tentam demonstrar no jeito de se vestir, algum tipo de emoção do que estão sentindo. Essa Tribo já tem como característica pré-estabelecida, uma imagem de seres incompreendidos pelos outros movimentos, pela própria família ou até pelo mundo, buscando nas letras das bandas do gênero, um entendimento para as suas compreensões ou um afago para seus sentimentos. E essa troca entre eles próprios é um dos maiores focos de seus encontros e da aproximação entre eles, trocando experiências, dicas, compreensões e o que sentem formam esse elo de compromisso com o movimento.
Felipe Camargo

sábado, 19 de abril de 2008

Da onde surgiu?

A tribo urbana EMO, abreviação do inglês emotional, tem o gênero musical derivado do Hardcore. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington DC que compunham num lirismo mais emotivo que o habitual.

O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC sound) primeiramente explorado por bandas como Faith, Rites of Spring e Embrace tem suas raízes no punk rock.

O próximo passo na evolução do gênero veio em 1982 e durou até 1993 com as bandas Indian Summer, Moss Icon, Policy of Three, Still Life e Navio Forge. A dinâmica calmo/gritado ("quiet/loud") freqüentemente ouvida em bandas recentes tais como Seatia e Thursday tiveram suas raízes nestas bandas. No que diz respeito a voz, essas bandas intensificaram o estilo emocore.

No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos,Trajes Listrados, Mad Rats, Cabelos Coloridos e franjas caídas sobre os olhos.
As bandas brasileiras que se identificam com esse gênero e fazem sucesso com os fãs dessa tribo são NX Zero e Fresno, no cenário internacional a banda Panic! At the Disco tem uma grande repercussão.

Acompanhe o clip da música "Pela última vez" do NX Zero, uma das músicas mais famosas da tribo EMO.



Luiz Augusto Daidone

sexta-feira, 18 de abril de 2008

EMO

Munhequeira, franja caída no rosto, alargador, piercing na boca, colar de bolinhas ou dadinhos,gravatinha, Adidas, roupas pretas, mistura de delicados lacinhos no cabelo com as ousadas meias “arrastão”.

Provavelmente você já deve ter visto ou conhece alguém que se veste assim. Eles são uma tribo urbana chamada Emo.
Eles se autodefinem como carinhosos, sensíveis, pessoas calmas que não gostam de briga e querem apenas amar e serem amados.Os chamados “emos” têm geralmente entre 12 e 20 anos, estão presentes por todo o Brasil.
No site de relacionamentos Orkut,por exemplo, existem diversas comunidades como Emo sim!!Algo contra?! -estilo emo de se vestir- entre outras.

Posso dizer que o EmoCore no Brasil começou (ou ganhou fôlego) com o Dance of Days, em 93.
A banda paulista, do vocalista Nenê Altro, mesclava o peso de guitarras apaixonadas com a batida furiosa do HardCore e letrasde extrema sensibilidade e inteligência.
Nenê usava suas letras para protestar contra a homofobia, como é o caso do hit ´´Se estas paredes falassem´´.



Vídeo feito por um internauta Emo e disponibilizado no youtube.
As letras da música e as imagens usadas no vídeo revelam um pouco das características e cultura Emo.


Filipe Prado

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Anarquismo

Pois bem, como mostrado em posts anteriores, vimos a importância do anarquismo junto ao movimento e a cultura Punk.
O Anarquismo foi incorporado à cultura Punk na década de 70, na Inglaterra, e difundida até então.
Em meados da década de 80, com a derrocada do regime militar e o fim da censura e a volta da liberdade de expressão, o movimento Punk explodiu no Brasil: Ratos de Porão, Inocentes, Cólera, Olho Seco, Garotos Podres foram um dos pioneiros e tinham como principal característica a disseminação da cultura anarco-punk.

O cenário Punk brasileiro, até então alternativo, saiu do underground e manteve-se fiel às suas origens? Essa é uma discussão muito polêmica. João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, é acusado de ´´traidor do movimento Punk´´ por fãs mais radicais, ao gravar o disco Dirty and Aggressive, de 1987, em inglês, para vender no circuito Punk europeu.
Difusão de idéias e crescimento do movimento Punk ou banalização e modismo do movimento?

A pergunta acima serviu para rachar o movimento Punk no Brasil. Surgiu o Hard Core, um estilo mais rápido e direto de música, considerada uma vertente do Punk Rock. É o caso dos Raimundos e do Dead Fish.
Esta última, banda capichaba, critica o movimento punk quanto à suposta hipocrisia anarquista defendida pelos anarco-punks na seguinte letra:

Anarquia Corporation

Anarquia corporation indústria e comércio
Acho que já sei o que você quer,
Mais uma regra pra seguir, Constituição anárquica:
feita pra outra minoria dominar
não há mudança só alternância de poder
discriminado hoje descriminador amanhã
mudança onde? aonde cidadão?


Anarquia corporation, não me diga o que falar
Se for assim é melhor esquecer
pensar direito no que venha a ser este ideal
Fascismo e violência travestidos com o "A"
Nada mais de amizade, consciência e educação


Não dá pra compreender, nem me entender
Então usarei a mesma formula pra viver
Não quero olhar pro lado, não quero nem te ver
Compartilhar pra que? Eu sou eu, sou eu
Milhares de teorias, milhões de ideologias
todas parecem sempre cair no mesmo lugar.


Anarquia corporation, por favor, não me diga o que usar
Fascismo e violência travestidos com o "A"
Será que o Freire vai entender ou sua proposta distorcer?
Onde está o pensamento de paz e União?
E sobre a revolução?
Anarquia corporation Anarquia corporation
Não me diga o que falar!

Esta letra pode ser considerada um marco na história do movimento Punk brasileiro. A partir de então surgiram diversas outras bandas muito boas de Hard-Core, como o Street Bulldogs, o Fistt, Gritando H.C entre diversas outras.

Bandas como Forgotten Boys, Nitrominds, Carbona, Blind Pigs têm cada qual sua própria identidade e estilos diferentes dentro de uma mesma tribo: o Punk!

Houve ainda o nascimento de outra vertente do Punk, o EmoCore. A banda pioneira nesse estilo, que hoje virou modismo e objeto de comercialização de massa, foi o Dance of Days, em 1993. Seu vocalista, homossexual, escreve maravilhosas letras de protesto contra a homofobia.

Em resumo, o cenário Punk brasileiro foi modificando-se ao longo do tempo. Vertentes surgiram, outras desapareceram. Mas ainda é possível enxergar reflexos da cultura Punk no país, seja em cortes de cabelo, em letras de músicas, no Rock n´Roll simples, em atitudes e em outras coisas que você só irá perceber quando pesquisar e conhecer um pouco mais a fundo o fenômeno que foi o Punk.

Sugestão?

Vá à Galeria do Rock, em São Paulo, lá é o coração punk do país! Sugiro, também, um documentário feito por Gastão Moreira sobre a história do Punk no Brasil.
Leia: Mate-me Por favor, de Legs McNeil e Gillian McCain, 2 jornalistas ingleses que contam detalhadamente o surgimento do fenômeno do Punk.

Filipe Prado

quinta-feira, 3 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Punk

A contestação contra o sistema de coisas tornou forma ideológica através do Punk.
Com o visual fugindo dos padrões que a sociedade impõe através do modismo, mostrando sua revolta pelo corte de cabelo à moicano (ou cabelos espetados) coloridos, roupas velhas surradas (em oposição ao consumismo), jaquetas arrebitadas com frases de indignação às injustiças do Estado repressor e a atitude subversiva, se mostra o PUNK.
Esse movimento não fica calado, acomodado, como a maioria dos jovens e o povo em geral, fazendo manifestações, panfletagens, boicotes, passeatas: mostrando sua cultura e seu repúdio a todas as formas de fascismo, nazismo e racismo, autoritarismo, sexismo e comando; vendo como solução a autogestão (ou seja anarquia) para a libertação dos povos, raças, homens e mulheres.
Em palavras mais claras, autogestão seria a organização dos povos sem fronteiras nem lideranças autoritárias e partidárias, com plena igualdade, onde todos participariam da resolução dos problemas sociais. O punk também mostra sua cultura anticapitalista pelo FANZINE (jornal político-alternativo), pela música HARDCORE, som simples e direto, não comercializável, trazendo propostas políticas, seu comportamento livre e objetivo, fazendo com que o Punk NÃO SEJA UMA MODA e sim um modo de vida e pensamento.
Atualmente o movimento atua com outros oprimidos grupos como: homossexuais, por achar que todos têm o direito de opção sexual sem ser discriminado; grupos de negros, feministas e outros grupos de atividades alternativas e libertárias. Também mantém ligação com outros punks do Brasil e mundo, levando a cultura internacionalista, não patriota.
Saiba e conscientize-se que Punk não é bagunça, muito pelo contrário é um movimento cultural de luta e ação direta, de liberdade de expressão e de comportamento. O movimento que surgiu a quase duas décadas, como contestação, evoluiu evolui até hoje...

Gustavo Paschoalato

terça-feira, 1 de abril de 2008

Influências Nacionais pró Punk


Como uma dessas vertentes nacionais do movimento, temos exemplos de bandas brasileiras que se apoiaram e tiveram como origem influencias musicais diretas do Punk internacional e que repercutiram dentro do país como fenômenos inicialmente considerado punk e mais tarde mudando seu estilo musical dentro das grandes capitais dos estados brasileiros. Alguns exemplos dessas bandas são: Aborto elétrico que depois se dividiria para formar Legião Urbana e Capital Inicial, Raimundos bem no estilo punk de ser, satírico mesmo. Garotos podres, Ratos de porão entre outras que foram influenciadas diretamente pelo movimento e repercutiu diretamente nos centros e tribos urbanas do país.


Felipe Camargo

Particularidades do universo Punk



Desde sua essência o Punk sempre foi visto de forma negativa e incompreendida pelo restante da sociedade, por suas características peculiares caracterizou toda uma identidade própria que os diferencia de forma a passar sua mensagem demonstrando seus sentimentos e suas idéias perante seu repudio social. Não deixam e nunca vão deixar de fazer parte das paisagens urbanas das grandes cidades
Tendo como uma das suas maiores ideologias o Anarquismo, que em palavras mais claras quer dizer a autogestão, ou seja, uma organização sem fronteiras de qualquer tipo de liderança autoritária, da maneira de pensar, da luta pela liberdade de expressão e a igualdade para todos.
O punk quebrou muitas barreiras no seu inicio, aderindo muitos seguidores e chamando atenção da juventude da época. E mesmo na sociedade contemporânea, com um pensamento mais abrangente, o estilo punk ainda encontra suas dificuldades, dentre elas nas roupas pretas, nos coturnos, no cabelo espetado, nas tatuagens, nos piercings, nas frases de protesto, eles ainda são vistos por muitos, como baderneiros, largados, geradores de conflitos, seres incompreendidos que ouvem músicas com gritaria e palavrões, profanadores da religião e das leis com suas roupas rasgadas e o desligamento capitalista das coisas materiais. Com a falta de informação e todos esses preconceitos as pessoas sempre temeram sua filosofia. Fatalmente é assim que muitos Punks são vistos até hoje, com uma visão distorcida de sua verdadeira intenção social e política e seu modo de se expressar. Difícil de acreditar que até hoje muita coisa mudou, porém muitos mitos ainda não foram quebrados ou ao menos entendidos. É fácil de notar que a quantidade de Punks hoje cresceu muito nas grandes cidades, disseminando a sua cultura por meio de músicas e mensagens de efeito para a sociedade, sem desistir de seus ideais.
Também não se pode deixar de citar a quantidade de estilos que se criaram baseados no Punk, as subdivisões que foram moldadas a partir desse movimento tão revolucionário. Que desde seu inicio tem sofrido mutações com tribos correlacionando com outras filosofias e assim criando outros estilos e grupos. Esses que representam a cultura urbana e a riqueza na formação da identidade das grandes cidades.


Felipe Camargo

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cabelo Moicano

O moicano é (era) um corte de cabelo típico de algumas tribos indígenas. Raspa-se as laterais e deixa o cabelo no meio da cabeça. Pois bem, os punks (ingleses) adotaram o corte junto a um visual agressivo para impactar e chocar a sociedade conservadora vigente na época. O cabelo moicano pode representar resistência ao sistema capitalista que os oprime, assim como os índios moicanos resistiram a seus inimigos colonizadores. Mas também virou moda, cultura Pop e comercializado pela mídia, como o moicano do Tim e de Lars Frederiksen, ta banda Rancid. Até aí ainda vai, mas o revoltante é, em pleno século XXI, ler notícias como essa abaixo.


Aluno de 6 anos é suspenso por usar cabelo moicano

Bryan Ruda, um aluno do jardim da infância em uma escola da cidade de Parma, no Estado americano de Ohio, foi suspenso das aulas após insistir em usar um corte de cabelo no estilo moicano, informou hoje a agência AP.

Michelle Barile, a mãe do aluno de 6 anos, afirma que nada no regimento da Parma Community School faz menção à proibição do corte de cabelo, caracterizado pelas laterais da cabeça raspadas com uma tira de cabelo na parte de cima. A escola argumenta que o corte de cabelo de Ruda distrai as outras crianças.

"Eu entendo que exista regras para os trajes. Eu entendo que exista o uniforme escolar. Mas isso é discriminação total", afirma Michelle. "Eles não podem me dizer como eu devo cortar o cabelo do meu filho."

Um membro da administração da escola, que fica num subúrbio de Cleveland, chegou a avisar a mãe de que o corte de cabelo era inaceitável. Mais tarde a escola voltou a notificar Michelle, reiterando que Bryan seria suspenso.

De acordo com a diretora da escola, Linda Geyer, o corte de cabelo de Bryan fere a política da instituição sobre o comportamento estético dos alunos. Além disso, o regimento escolar da delegacia de ensino da região permite que professores e diretores proíbam qualquer coisa que interfira a aula.

O cabelo de Ruda teria se tornado um problema maio na semana passada quando ele apareceu com o corte retocado, afirma Linda. Ela ligou para Michelle na sexta-feira pedindo que ela fosse buscar o filho.

"Essa foi sua terceira infração. Acredito que fomos extremamente pacientes", disse a diretora na terça-feira.

Michelle disse que acatou a decisão da escola e que não vai solicitar uma audiência com as autoridades escolares da região para questionar a suspensão. Ele afirmou que vai matricular o filho em outra escola e que cortar o cabelo de Ruda não é uma opção.

"É algo que ele realmente gosta. Quando as pessoas ouvem que ele tem um cabelo moicano pensam que é algo espetado com aspecto de louco. E na verdade não é nada disso."

Fonte:
Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/educaca...EI8266,00.html





Filipe Prado



quinta-feira, 20 de março de 2008

Ramones - Blitzkrieg Bop

Esse vídeo é de uma das mais famosas músicas do Ramones, uma das mais conhecidas bandas de Punk de toda a história.
A música Blitzkrieg Bop, feita por Tommy Ramone e Dee Dee Ramone, é a primeira faixa do primeiro cd da banda, também denominado de "Ramones".






Luiz Augusto Daidone

terça-feira, 18 de março de 2008

O Punk

Há quem diga que o início do Punk foi em uma loja de instrumentos musicais, em Nova York. Um sujeito entra na loja para trocar as cordas de seu baixo e se depara com um guitarrista com a seguinte camiseta: ´Eu odeio Pink Floyd´. Logo, ficaram amigos e montaram uma banda. O início dos anos 70 era marcado pelo rock progressivo, por excelentes músicos e longos solos de guitarras, o que deixava a música distante do público e vazia. Havia o chamado movimento pré-punk com o New York Dolls, o Velvet Underground e a Blank Generation de Andy Warhol, que foi o catalisador de todo o cenário alternativo e do movimento de contra-cultura, mas deixemos isso para depois…
Em 1974, surgiram, em Nova York, 4 caras que não sabiam tocar basicamente nenhum instrumento musical, mas faziam músicas rápidas, simples e divertidas: Os Ramones. Era o culto ao velho rock n roll, à rebeldia, à liberdade de fazer música e se divertir com ela. Com apenas 3 acordes, eles faziam lendários shows no CBGB, em Nova York.

A cena cresceu. Surgiram mais bandas e, consequentemente, mais ouvintes. Os punks da época tinham cabelos longos, usavam calças jeans rasgadas, jaqueta de couro. A influência foi, então, para Londres. A Inglaterra passava por uma enorme crise social. A taxa de desemprego era altíssima. Nada mais normal do que as pessoas começarem a protestar, a acharem, no anarquismo, principalmente, uma saída para aquele capitalismo desigual. Como uma fórmula descoberta por Malcom Mclaren, empresário dos Sex Pistols, nasceu o Punk inglês. Com uma agressividade à flor da pele, os mesmos 3 acordes misturados a um visual inovador e letras provocativas e insinuantes, os Sex Pistols viraram um fenômeno Pop na Inglaterra. Músicas como Anarchy in the UK e God Save the Queen ilustram melhor o exemplo.

Não posso deixar de fora outra banda inglesa extremamente influente. O Clash era politicamente correto em relação aos Pistols. Era um rock simples, direto e com ênfase em suas letras de protesto. Basicamente - e muito superficialmente - foi o início do Punk nos anos 70.
O chamado movimento Punk teve diversas mudanças e diferentes faces ao longo da história. Houve quem priorizasse a música rápida e direta, quem valorizasse o visual e quem usasse a música como meio de protesto. A cultura punk é relacionada ao espírito jovem e à rebeldia. Ás vezes assume um ar politizado, tantas outras não. Às vezes agressivo, outras cômico. O principal legado da cultura punk é seu lema: Do it yourself! - ´´Faça você mesmo´´. Outros pontos consideráveis podem ser a subversão cultural, pois o Punk sempre fora um movimento de contra-cultura, que leva em conta desde as roupas, os piercings, coturnos e claro, o cabelo moicano.

Filipe Prado