sábado, 19 de abril de 2008

Da onde surgiu?

A tribo urbana EMO, abreviação do inglês emotional, tem o gênero musical derivado do Hardcore. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington DC que compunham num lirismo mais emotivo que o habitual.

O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC sound) primeiramente explorado por bandas como Faith, Rites of Spring e Embrace tem suas raízes no punk rock.

O próximo passo na evolução do gênero veio em 1982 e durou até 1993 com as bandas Indian Summer, Moss Icon, Policy of Three, Still Life e Navio Forge. A dinâmica calmo/gritado ("quiet/loud") freqüentemente ouvida em bandas recentes tais como Seatia e Thursday tiveram suas raízes nestas bandas. No que diz respeito a voz, essas bandas intensificaram o estilo emocore.

No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos,Trajes Listrados, Mad Rats, Cabelos Coloridos e franjas caídas sobre os olhos.
As bandas brasileiras que se identificam com esse gênero e fazem sucesso com os fãs dessa tribo são NX Zero e Fresno, no cenário internacional a banda Panic! At the Disco tem uma grande repercussão.

Acompanhe o clip da música "Pela última vez" do NX Zero, uma das músicas mais famosas da tribo EMO.



Luiz Augusto Daidone

sexta-feira, 18 de abril de 2008

EMO

Munhequeira, franja caída no rosto, alargador, piercing na boca, colar de bolinhas ou dadinhos,gravatinha, Adidas, roupas pretas, mistura de delicados lacinhos no cabelo com as ousadas meias “arrastão”.

Provavelmente você já deve ter visto ou conhece alguém que se veste assim. Eles são uma tribo urbana chamada Emo.
Eles se autodefinem como carinhosos, sensíveis, pessoas calmas que não gostam de briga e querem apenas amar e serem amados.Os chamados “emos” têm geralmente entre 12 e 20 anos, estão presentes por todo o Brasil.
No site de relacionamentos Orkut,por exemplo, existem diversas comunidades como Emo sim!!Algo contra?! -estilo emo de se vestir- entre outras.

Posso dizer que o EmoCore no Brasil começou (ou ganhou fôlego) com o Dance of Days, em 93.
A banda paulista, do vocalista Nenê Altro, mesclava o peso de guitarras apaixonadas com a batida furiosa do HardCore e letrasde extrema sensibilidade e inteligência.
Nenê usava suas letras para protestar contra a homofobia, como é o caso do hit ´´Se estas paredes falassem´´.



Vídeo feito por um internauta Emo e disponibilizado no youtube.
As letras da música e as imagens usadas no vídeo revelam um pouco das características e cultura Emo.


Filipe Prado

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Anarquismo

Pois bem, como mostrado em posts anteriores, vimos a importância do anarquismo junto ao movimento e a cultura Punk.
O Anarquismo foi incorporado à cultura Punk na década de 70, na Inglaterra, e difundida até então.
Em meados da década de 80, com a derrocada do regime militar e o fim da censura e a volta da liberdade de expressão, o movimento Punk explodiu no Brasil: Ratos de Porão, Inocentes, Cólera, Olho Seco, Garotos Podres foram um dos pioneiros e tinham como principal característica a disseminação da cultura anarco-punk.

O cenário Punk brasileiro, até então alternativo, saiu do underground e manteve-se fiel às suas origens? Essa é uma discussão muito polêmica. João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, é acusado de ´´traidor do movimento Punk´´ por fãs mais radicais, ao gravar o disco Dirty and Aggressive, de 1987, em inglês, para vender no circuito Punk europeu.
Difusão de idéias e crescimento do movimento Punk ou banalização e modismo do movimento?

A pergunta acima serviu para rachar o movimento Punk no Brasil. Surgiu o Hard Core, um estilo mais rápido e direto de música, considerada uma vertente do Punk Rock. É o caso dos Raimundos e do Dead Fish.
Esta última, banda capichaba, critica o movimento punk quanto à suposta hipocrisia anarquista defendida pelos anarco-punks na seguinte letra:

Anarquia Corporation

Anarquia corporation indústria e comércio
Acho que já sei o que você quer,
Mais uma regra pra seguir, Constituição anárquica:
feita pra outra minoria dominar
não há mudança só alternância de poder
discriminado hoje descriminador amanhã
mudança onde? aonde cidadão?


Anarquia corporation, não me diga o que falar
Se for assim é melhor esquecer
pensar direito no que venha a ser este ideal
Fascismo e violência travestidos com o "A"
Nada mais de amizade, consciência e educação


Não dá pra compreender, nem me entender
Então usarei a mesma formula pra viver
Não quero olhar pro lado, não quero nem te ver
Compartilhar pra que? Eu sou eu, sou eu
Milhares de teorias, milhões de ideologias
todas parecem sempre cair no mesmo lugar.


Anarquia corporation, por favor, não me diga o que usar
Fascismo e violência travestidos com o "A"
Será que o Freire vai entender ou sua proposta distorcer?
Onde está o pensamento de paz e União?
E sobre a revolução?
Anarquia corporation Anarquia corporation
Não me diga o que falar!

Esta letra pode ser considerada um marco na história do movimento Punk brasileiro. A partir de então surgiram diversas outras bandas muito boas de Hard-Core, como o Street Bulldogs, o Fistt, Gritando H.C entre diversas outras.

Bandas como Forgotten Boys, Nitrominds, Carbona, Blind Pigs têm cada qual sua própria identidade e estilos diferentes dentro de uma mesma tribo: o Punk!

Houve ainda o nascimento de outra vertente do Punk, o EmoCore. A banda pioneira nesse estilo, que hoje virou modismo e objeto de comercialização de massa, foi o Dance of Days, em 1993. Seu vocalista, homossexual, escreve maravilhosas letras de protesto contra a homofobia.

Em resumo, o cenário Punk brasileiro foi modificando-se ao longo do tempo. Vertentes surgiram, outras desapareceram. Mas ainda é possível enxergar reflexos da cultura Punk no país, seja em cortes de cabelo, em letras de músicas, no Rock n´Roll simples, em atitudes e em outras coisas que você só irá perceber quando pesquisar e conhecer um pouco mais a fundo o fenômeno que foi o Punk.

Sugestão?

Vá à Galeria do Rock, em São Paulo, lá é o coração punk do país! Sugiro, também, um documentário feito por Gastão Moreira sobre a história do Punk no Brasil.
Leia: Mate-me Por favor, de Legs McNeil e Gillian McCain, 2 jornalistas ingleses que contam detalhadamente o surgimento do fenômeno do Punk.

Filipe Prado

quinta-feira, 3 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Punk

A contestação contra o sistema de coisas tornou forma ideológica através do Punk.
Com o visual fugindo dos padrões que a sociedade impõe através do modismo, mostrando sua revolta pelo corte de cabelo à moicano (ou cabelos espetados) coloridos, roupas velhas surradas (em oposição ao consumismo), jaquetas arrebitadas com frases de indignação às injustiças do Estado repressor e a atitude subversiva, se mostra o PUNK.
Esse movimento não fica calado, acomodado, como a maioria dos jovens e o povo em geral, fazendo manifestações, panfletagens, boicotes, passeatas: mostrando sua cultura e seu repúdio a todas as formas de fascismo, nazismo e racismo, autoritarismo, sexismo e comando; vendo como solução a autogestão (ou seja anarquia) para a libertação dos povos, raças, homens e mulheres.
Em palavras mais claras, autogestão seria a organização dos povos sem fronteiras nem lideranças autoritárias e partidárias, com plena igualdade, onde todos participariam da resolução dos problemas sociais. O punk também mostra sua cultura anticapitalista pelo FANZINE (jornal político-alternativo), pela música HARDCORE, som simples e direto, não comercializável, trazendo propostas políticas, seu comportamento livre e objetivo, fazendo com que o Punk NÃO SEJA UMA MODA e sim um modo de vida e pensamento.
Atualmente o movimento atua com outros oprimidos grupos como: homossexuais, por achar que todos têm o direito de opção sexual sem ser discriminado; grupos de negros, feministas e outros grupos de atividades alternativas e libertárias. Também mantém ligação com outros punks do Brasil e mundo, levando a cultura internacionalista, não patriota.
Saiba e conscientize-se que Punk não é bagunça, muito pelo contrário é um movimento cultural de luta e ação direta, de liberdade de expressão e de comportamento. O movimento que surgiu a quase duas décadas, como contestação, evoluiu evolui até hoje...

Gustavo Paschoalato

terça-feira, 1 de abril de 2008

Influências Nacionais pró Punk


Como uma dessas vertentes nacionais do movimento, temos exemplos de bandas brasileiras que se apoiaram e tiveram como origem influencias musicais diretas do Punk internacional e que repercutiram dentro do país como fenômenos inicialmente considerado punk e mais tarde mudando seu estilo musical dentro das grandes capitais dos estados brasileiros. Alguns exemplos dessas bandas são: Aborto elétrico que depois se dividiria para formar Legião Urbana e Capital Inicial, Raimundos bem no estilo punk de ser, satírico mesmo. Garotos podres, Ratos de porão entre outras que foram influenciadas diretamente pelo movimento e repercutiu diretamente nos centros e tribos urbanas do país.


Felipe Camargo

Particularidades do universo Punk



Desde sua essência o Punk sempre foi visto de forma negativa e incompreendida pelo restante da sociedade, por suas características peculiares caracterizou toda uma identidade própria que os diferencia de forma a passar sua mensagem demonstrando seus sentimentos e suas idéias perante seu repudio social. Não deixam e nunca vão deixar de fazer parte das paisagens urbanas das grandes cidades
Tendo como uma das suas maiores ideologias o Anarquismo, que em palavras mais claras quer dizer a autogestão, ou seja, uma organização sem fronteiras de qualquer tipo de liderança autoritária, da maneira de pensar, da luta pela liberdade de expressão e a igualdade para todos.
O punk quebrou muitas barreiras no seu inicio, aderindo muitos seguidores e chamando atenção da juventude da época. E mesmo na sociedade contemporânea, com um pensamento mais abrangente, o estilo punk ainda encontra suas dificuldades, dentre elas nas roupas pretas, nos coturnos, no cabelo espetado, nas tatuagens, nos piercings, nas frases de protesto, eles ainda são vistos por muitos, como baderneiros, largados, geradores de conflitos, seres incompreendidos que ouvem músicas com gritaria e palavrões, profanadores da religião e das leis com suas roupas rasgadas e o desligamento capitalista das coisas materiais. Com a falta de informação e todos esses preconceitos as pessoas sempre temeram sua filosofia. Fatalmente é assim que muitos Punks são vistos até hoje, com uma visão distorcida de sua verdadeira intenção social e política e seu modo de se expressar. Difícil de acreditar que até hoje muita coisa mudou, porém muitos mitos ainda não foram quebrados ou ao menos entendidos. É fácil de notar que a quantidade de Punks hoje cresceu muito nas grandes cidades, disseminando a sua cultura por meio de músicas e mensagens de efeito para a sociedade, sem desistir de seus ideais.
Também não se pode deixar de citar a quantidade de estilos que se criaram baseados no Punk, as subdivisões que foram moldadas a partir desse movimento tão revolucionário. Que desde seu inicio tem sofrido mutações com tribos correlacionando com outras filosofias e assim criando outros estilos e grupos. Esses que representam a cultura urbana e a riqueza na formação da identidade das grandes cidades.


Felipe Camargo